Simão Pedro e outro
discípulo seguiam a Jesus. E este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e
entrou com Jesus na sala do sumo sacerdote. E Pedro estava da parte de fora, à porta. Saiu então o outro discípulo
que era conhecido do sumo sacerdote, e falou à porteira, levando Pedro para
dentro. Então a porteira disse a Pedro: Não és tu também dos discípulos deste
homem? Disse ele: Não sou.” (João 18.15-17).
“E Simão Pedro estava ali, e
aquentava-se. Disseram-lhe, pois: Não és também tu um dos seus discípulos? Ele
negou, e disse: Não sou.
E um dos servos do sumo
sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha, disse: Não te vi eu
no horto com ele?
E Pedro negou outra vez, e
logo o galo cantou.” (João 18.25-27)”
Às
vezes a fuga não é física, mas espiritual, é o que veremos neste e no próximo
capítulo. Pedro seguiu Jesus enquanto Ele era levado preso pelos homens,
portanto, em um primeiro momento ele não
fugiu. Na verdade pouco tempo antes falou que jamais abandonaria Jesus, e no Getsêmani
chegou a cortar a orelha de um soldado para retardar a captura de Cristo. No
entanto, em um determinado momento, cumpriu-se a Palavra de Jesus que previa o
momento em que Pedro o negaria três vezes.
Quando
ali naquele momento tão delicado, foi questionado a respeito de quem era e foi
reconhecido como um dos seguidores do messias, Pedro não titubeou: falou que
não era ele, que nada tinha a ver com o Salvador.
Da
mesma forma em várias situações somos instados a mentir, a fugir da verdade por
medo de sermos reconhecidos como cristãos, como seguidores do Messias. O que
muitas vezes esquecemos que a Palavra fala de quem é o pai da mentira, quem
realmente se beneficia com ela:
“Vós tendes por pai ao
diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o
princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele
profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da
mentira.” (João 8.44)
Para
o diabo, trabalhar com a mentira é um caminho mais fácil, para nos afastar de
Deus. A mentira não é autossustentável e por isso precisa sempre de uma nova e
maior, é uma espécie de ciclo vicioso, abismo chama abismo. Quando você menos percebe
está preso em um emaranhado de intrigas e farsas que dificilmente sairá sem se
machucar e machucar a outros.
No
trabalho, na escola, em casa, não queremos ser medidos e vigiados, queremos
viver à vontade, sem sermos julgados ou analisados. É sabido que quando sabem
que somos crentes, somos olhados de outra forma, somos cobrados a termos uma
postura diferente. Por isso, às vezes, nos acovardamos e escondemos nossa
identidade.
Diz
a Bíblia que quando Pedro negou pela última vez que era seguidor de Cristo,
conforme Jesus havia previsto, o galo cantou e ele lembrou da palavra do mestre
dizendo que o negaria. Diz a Bíblia que Pedro chorou amargamente. Sua vida só
voltaria ao normal depois de encontrar Cristo ressuscitado. Da mesma forma, o
Senhor tem nos sinalizado a respeito de nosso hábito ruim de fugir da verdade,
tem nos mostrado que temos mentido. Deixe o galo cantar em sua vida e
despertá-lo para o erro da mentira e a abandone.
Falar
a verdade, ter uma opinião, tomar decisões, certamente nos definem diante dos
outros. Em um mundo preguiçoso que se guia por estereótipos seria muito fácil o
enquadrarem como careta, fanático ou louco. Aliás, a própria Palavra de Deus
fala deste tratamento que receberemos por causa da nossa fé.
Existe
de fato uma pressão para nos amoldar aos padrões do mundo para falar, vestir,
agir e pensar.
O
nosso desafio é não nos conformarmos com esse estado de coisas:
“Rogo-vos, pois, irmãos,
pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo,
santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados
com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento,
para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”
(Romanos 12.1-2)
Ser
verdadeiro é ser a imagem de Deus, é remar contra a maré, é marcar posição e
encarar a realidade. Ser verdadeiro é imitar o padrão, é viver a própria
essência do Cristo.
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o
caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (João 14.6)
Ser
verdadeiro é experimentar o único caminho pelo qual podemos acessar o Deus pai.
SEJA
VERDADEIRO EM NOME DE JESUS!